Na semana passada fiquei imerso, por dois dias, na construção do planejamento estratégico para o Sistema que representa o Cooperativismo Paulista. Isso me trouxe insights, aprendizados e muita conexão com algo que tem tudo a ver comigo: branding.
“Então, senta que lá vem história” (calma, a leitura é rápida).
Primeiro, uma série de encontros foi realizada para o Sistema Ocesp ouvir cada um dos ramos de negócios pertencentes ao modelo cooperativista. Depois, toda a aprendizagem desses encontros foi organizada, formando um panorama mais completo do cooperativismo paulista. Me reuni, então, com representantes de todas as áreas da instituição e alguns outros parceiros estratégicos. Juntos, estabelecemos o caminho de soluções para os anseios e desafios apurados.
Assim foi o processo e esta é a explicação básica da coisa toda. Mas observei com olhar de branding!
Vi áreas distintas se conectarem para resolver assuntos que, no dia a dia, nem sempre aparentam ter a ver com elas. Certamente, saíram do evento percebendo o quanto impactam no todo. Isso é Design Thinking abrindo espaço para um melhor Design de Serviços. Diferentes backgrounds, juntos, chegam a ideias novas e decisões compartilhadas.
Como profissional de branding e marketing, claro que procurei a presença da cultura organizacional e a conexão daquilo tudo com a marca. Aí meus olhos brilharam!
Vi uma instituição inteira voltando a atenção de seu time para os seus valores e porquês. Crachás bem guardadinhos, restrições hierárquicas do lado de fora, respeito e diferenças entrando em cena. Permissão concedida à inovação. O propósito tomou a dianteira neste processo denso, porém, recompensador. E o mais legal é que não vi isso tudo como discurso, mas temperando as discussões e alinhamentos que construíram a jornada prática do Sistema Ocesp para os próximos anos.
Em resumo, nosso lance ali era compor um Planejamento Estratégico. Só que na prática, vivemos experiência e pertencimento em um processo que envolveu:
- Cocriação, ao ser construído em conjunto com cooperativistas de cada ramo;
- Visão Customer Centric, ao colocarmos as cooperativas no centro das estratégias;
- Construção de Comunidade, ao olharmos para as relações das cooperativas entre si e o Sistema Ocesp, impulsionando o ecossistema cooperativista;
- Prática do Propósito, ao focarmos ações que, lá na ponta da linha, resultarão nas sociedades paulistas percebendo melhor o valor do cooperativismo.
Por mais processos participativos. Por mais movimentos que colaborem, cocriem, cooperem e coloquem pessoas acima de negócios. Por mais visões de branding no comando!
por Liu Ferrari